domingo, 30 de maio de 2010

A minha poesia*

Revejo a minha poesia, o meu projecto
há tristeza e alegria neste meu trajecto
muitos versos, expressões de saudade
fiz poemas descrevendo como me vejo
outros tantos falam, amiúde, de desejo
todos eles testemunham minha verdade

Releio as minhas poesias mais antigas
odes que escrevi como redigisse cantigas
puros hinos ao meu mais puro sentimento
palavras que exprimiram o meu interior
motes de um aprendiz de poeta inferior
frases esculpidas pelo sentir do momento

Reflito nos instantes em que as escrevi
e questionando-me sobre tudo o que li
apenas me ocorre uma explicação vã
sobre o passado, quase tudo, eu já disse
sobre o presente, escrevo por carolice
sobre o futuro? Escreverei algo amanhã

*Poema extraído do meu 1º livro AMADOR DO VERSO

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Blogagem colectiva




Existem sonhos que não passam disso
e dificilmente os conseguimos realizar
mas por eles assumimos compromisso
são objectivos que propomos alcançar

Brigamos por essa causa sem desistir
fazemos uso de forças que ignoramos
nada nem ninguém nos pode impedir
de concretizar aquilo que desejamos

Eu lutei com todas as forças que tinha
agarrei com afinco uma oportunidade
nunca desisti, perseverei, fiz-me forte

A comprovar eis uma fotografia minha
momento registado para a posteridade
que conservarei como amuleto da sorte

Este poema é fruto do novo desafio lançado pelos amigos do ESPAÇO ABERTO

sábado, 15 de maio de 2010

Dissertação

Os comentários humildes e elogiosos
são génese, base de todo o meu alento
merecem mais que um agradecimento
e motivam estes meus dedos ociosos

Comentários simples, despretensiosos
vindos de onde existe inegável talento
vêm em boa hora, perfeito o momento
fundamentados por critérios rigorosos

Retribuo com uma simples prelecção
digo: O que escrevo sai naturalmente
quase sem esforço, do começo ao fim

Desde que seja tocado p'la inspiração
qualquer poema aparece num repente
eis como nascem os poemas em mim

Este poema é dedicado ao poeta FLÁVIO MORGADO que é um jovem com um talento ímpar como podem confirmar no seu blogue CADERNO DA CAPA VERDE e que sempre que aqui vem deixa palavras de incentivo que muito me honram e motivam. Esta é a minha forma de agradecer os seus comentários.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sejamos fortes

Quando de nós se apega o desespero
E somos invadidos por grande tristeza
Ficamos a saber com toda a certeza
Que na vida não há sal, falta tempero

Mas a vida não é um grande mistério
Dependemos exclusivamente de nós
Basta aos nossos sentimentos dar voz
E levar esta vida muito mais a sério

Só se magoa quem se deixa magoar
Se formos fortes isso nunca acontece
Nada nem ninguém nos pode atingir

Sejamos firmes e só temos a ganhar
Façamos apenas o que nos apetece
E o vil desespero de nós vai desistir

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Assim me dou

Tenho uma paixão e não guardo segredo
Tenho na veia palavras que correm
E não me incomodo ao sangrar
Sou dador de versos que partilho
Sentimentos que vos ofereço
Sou um livro aberto.
Sou poesia ou talvez não
Dou o que quero e posso
Letras, palavras, frases, versos, ideias.
Sou uma história que relata
Emoções à flor da pele
Sentimentos na ponta da língua.
A minha voz é muda e ecoa em vossos olhos
Vocês lêem os meus lábios
Ficam com uma imagem do que sou
Ficam com uma ideia do que quero
Ficam a saber o que penso.
Faço da poesia o meu grito de revolta
Escrevo a minha presença no mundo
Rasgo-me em pedaços de sentido
Dou-me retalhado mas compreensível.
Assim deixo ao mundo o meu legado
Herança maior do que a que me foi deixada
Tudo isto partilho e vos deixo
Sem testamento nem últimas vontades.

Espelho d'água

Diz-me ó espelho d'água
por que me reflectes curvilíneo,
destorcido da realidade.
Diz-me a razão pela qual
me desfiguras assim.
Diz-me ó espelho d'água
por que inventas a minha face
tão distante do que sou.
Diz-me a razão pela qual
não levas a minha imagem
na corrente do teu leito.
Diz-me ó espelho d'água
por que me vês o inverso do que sou.

sábado, 1 de maio de 2010

Desabafo

Imagino o teu rosto sorridente
claro como o Sol do meio-dia
fantasio nesta minha fantasia
o meu âmago sempre carente

Ilusório é esse sorriso luzente
bem real era como eu o queria
mas não sei como fazer magia
e dar à vida um tom diferente

Sei que vives no alto do monte
bebes amor de uma outra fonte
a tua sede há muito foi saciada

A ti, não consigo chegar perto
nem do amor por ti me liberto
ficaste com tudo, eu com nada