terça-feira, 29 de junho de 2010
Faz de conta
Imaginem só esta situação caricata
eu nascia com outro sexo, diferente
manteria este feitio, sendo coerente
e nas orelhas teria brincos de prata
Provavelmente seria mãe bem cedo
uma solteirona infeliz ou divorciada
mulher de sete ofícios bem avisada
pura guerreira destemida sem medo
Quem sabe se não teria algum vício?
talvez trabalho ou cuidar do jardim
é difícil falar de tema tão complexo
Este faz de conta é só um exercício
jamais saberei se seria mesmo assim
nunca me imaginei com outro sexo
Este poema é a minha contribuição para mais uma blogagem colectiva do ESPAÇO ABERTO
terça-feira, 15 de junho de 2010
Amor que é meu
A ti agora eu confesso meu amigo
tens em teu poder algo que é meu
um eterno e esquivo amor antigo
que ao meu amor não respondeu
O meu grande amor vive contigo
tu conquistaste-o e agora sou eu
que sem amor na vida vivo e sigo
na saudade desse amor agora teu
Perdi esse amor que me faz falta
sem ele sou apenas um solitário
cuja alma, por amor, não exalta
Ganhaste tu um amor para a vida
porque foste bem mais temerário
de mim a coragem andou fugida
tens em teu poder algo que é meu
um eterno e esquivo amor antigo
que ao meu amor não respondeu
O meu grande amor vive contigo
tu conquistaste-o e agora sou eu
que sem amor na vida vivo e sigo
na saudade desse amor agora teu
Perdi esse amor que me faz falta
sem ele sou apenas um solitário
cuja alma, por amor, não exalta
Ganhaste tu um amor para a vida
porque foste bem mais temerário
de mim a coragem andou fugida
sábado, 12 de junho de 2010
Meu jeito de dizer que te amo
Entraste de mansinho na minha vida
pé ante pé, quase nem reparei em ti
apenas uma mulher em tudo contida
como tantas que entretanto conheci
de forma natural criou-se a empatia
com o tempo cresceu uma amizade
conversas distintas a cada novo dia
em edificante e inocente irmandade
um para o outro, fomos confidentes
sempre dispostos a ouvir e a apoiar
em períodos maus sempre presentes
e nos bons, preparados para festejar
mas um dia o destino fez-me tremer
tudo por culpa de um simples toque
não entendi o que estava a acontecer
estava confuso, em estado de choque
o meu coração acelerou, batia forte
nunca, na vida, senti tamanho furor
foi grande o descontrolo e desnorte
demorei a reconhecer que era amor
com os dias aumentou o sentimento
só de te ver, o meu coração exaltava
um dia, contigo, era só um momento
e a noite sem ti nunca mais passava
ainda hoje não encontro justificação
para essa cobardia que me acometeu
calei-me, não deixei falar o coração
por isso eu sou quem o amor perdeu
não falei, o que sinto apenas escrevi
e não sei se algum dia tu me vais ler
tu és o amor que eu entretanto perdi
tu és a mulher que eu jamais vou ter
meu consolo, amar-te pela eternidade
mesmo a sofrer de amor, não reclamo
dos meus poemas és musa de verdade
e este é meu jeito de dizer que te amo
Este poema é a minha contribuição para o desafio lançado pelo blogue ESPAÇO ABERTO.
pé ante pé, quase nem reparei em ti
apenas uma mulher em tudo contida
como tantas que entretanto conheci
de forma natural criou-se a empatia
com o tempo cresceu uma amizade
conversas distintas a cada novo dia
em edificante e inocente irmandade
um para o outro, fomos confidentes
sempre dispostos a ouvir e a apoiar
em períodos maus sempre presentes
e nos bons, preparados para festejar
mas um dia o destino fez-me tremer
tudo por culpa de um simples toque
não entendi o que estava a acontecer
estava confuso, em estado de choque
o meu coração acelerou, batia forte
nunca, na vida, senti tamanho furor
foi grande o descontrolo e desnorte
demorei a reconhecer que era amor
com os dias aumentou o sentimento
só de te ver, o meu coração exaltava
um dia, contigo, era só um momento
e a noite sem ti nunca mais passava
ainda hoje não encontro justificação
para essa cobardia que me acometeu
calei-me, não deixei falar o coração
por isso eu sou quem o amor perdeu
não falei, o que sinto apenas escrevi
e não sei se algum dia tu me vais ler
tu és o amor que eu entretanto perdi
tu és a mulher que eu jamais vou ter
meu consolo, amar-te pela eternidade
mesmo a sofrer de amor, não reclamo
dos meus poemas és musa de verdade
e este é meu jeito de dizer que te amo
Este poema é a minha contribuição para o desafio lançado pelo blogue ESPAÇO ABERTO.
sábado, 5 de junho de 2010
Da tua boca
Da tua boca quero um beijo, estou sedento
Não existe sede que eu mais queira saciar
Dos teus lábios, amor, sorvo o meu alento
E o alento dos teus beijos só tu podes dar
Da tua boca não vem nada, como lamento
Que triste é, os teus lábios, eu jamais tocar
Feliz seria eu se viesse esse feliz momento
E teus lábios a minha boca viessem beijar
Mas a tua boca anda bem longe da minha
E em outra boca tem depositado os beijos
Que esta minha boca tanto anseia e deseja
Por isso a minha boca aos poucos definha
E dela apenas se podem ver meros bocejos
Como é triste ter uma boca que não beija
Não existe sede que eu mais queira saciar
Dos teus lábios, amor, sorvo o meu alento
E o alento dos teus beijos só tu podes dar
Da tua boca não vem nada, como lamento
Que triste é, os teus lábios, eu jamais tocar
Feliz seria eu se viesse esse feliz momento
E teus lábios a minha boca viessem beijar
Mas a tua boca anda bem longe da minha
E em outra boca tem depositado os beijos
Que esta minha boca tanto anseia e deseja
Por isso a minha boca aos poucos definha
E dela apenas se podem ver meros bocejos
Como é triste ter uma boca que não beija
Subscrever:
Mensagens (Atom)